2.4. Narrativa Transmédia como Esqueleto de Projeto

A Narrativa Transmédia como Esqueleto de Projeto

Narrativas Transmédia: A Oportunidade de Contar Histórias que Permanecem

Transmedia storytelling is designing a story to unfold across multiple media – analog, digital, and even brick-and-mortar – in an expansive rather than repetitive way (Moloney, 2022, Capítulo Introduction)

A narrativa transmédia, conforme conceptualizada por pioneiros como Marsha Kinder e Henry Jenkins, revela-se como o esqueleto estrutural para o desenvolvimento de projeto. Esta abordagem, que se baseia na dispersão de uma narrativa através de diferentes meios - digitais, analógicos e espaciais - proporciona uma experiência mais rica e duradoura com o público. O storytelling, fundamental na comunicação humana, emerge como uma ferramenta vital para conectar pessoas, transmitindo perspectivas pessoais e promovendo a compreensão mútua.

Jenkins broke the idea apart into Seven Principles of Transmedia Storytelling, adding granularity to the understanding of what goes within a transmedia story (Jenkins, 2009a, 2009b): Spreadability bs. Drillability, Continuity vs. Multiplicity, Immersion, Extractability, World-building, Seriality, Subjectivity, and Performance (Moloney, 2022, Capítulo 2)

Na essência do projeto itinerante, onde um monólito cultural se torna um catalisador de experiências interativas, a narrativa transmédia oferece uma estrutura para tecer histórias complexas assemelhando-se a uma tapeçaria de meios variados. A inspiração em instalações como Greenwood Rising e o documentário Human, o projeto procura ir além da mera apresentação de informações, criando uma jornada emocional e educacional para os visitantes.

Introdução e Referencial Teórico

Conforme exposto por Kevin Moloney, a narrativa transmédia não é apenas sobre contar estórias em diferentes plataformas, mas sim sobre criar narrativas expansivas e coesas que transcendem um único meio. Este conceito ressoa profundamente com a missão de utilizar estórias para informar, educar e promover mudanças sociais. A capacidade de contar estórias ricas em diferentes meios permite, não só, uma maior permanência com o público mas, também, a construção de comunidades em torno dessas narrativas.

Empatia e Narrativas Transmédia

A investigação abraça a ideia de que as narrativas transmédia devem ser mais do que apenas entretenimento; elas devem inspirar ação e promover a empatia. Através do Design centrado no humano, o artefacto procurar criar conexões significativas com os utilizadores, dando prioridade ás suas necessidades, interesses e experiências. A empatia emerge como um instrumento e um objetivo, guiando o artefacto de criação para alcançar ideias inovadoras com potencial de impacto social.

Design de Narrativas Transmédia e os Sentidos

No desenho de narrativas transmédia, considera-se fundamental integrar os sentidos e a experiência do utilizador no processo criativo. Deste modo, a utilização de tecnologias imersivas, como realidade aumentada e/ou virtual, cria ambiente(s) onde os utilizadores/visitantes podem sentir-se imergidos nas estórias como se estas estivessem fisicamente presentes. Esta imersão não só fortalece as respostas emocionais, mas também promove uma compreensão mais profunda e empática dos seus narradores.

Em conclusão, o projeto de doutoramento em média-arte digital apresenta as narrativas transmédia como o terreno fértil para exploração e conceção de uma experiência que seja simultaneamente informativa, imersiva e emocionalmente ressonante. Ao tecer múltiplos meios e estórias em conjuntos, o projeto acresce à educar e entretenimento, as camadas da inspiração e da ligação entre pessoas de maneiras significativas e duradouras.

Potencial da Narrativas Transmédia no PMAD


Referências

Moloney, K. (Ed.). (2022). Transmedia Change: Pedagogy and Practice for Socially-Concerned Transmedia Stories. Routledge.

Bibliografia

Gouveia, A. (2022). História e Estórias: Design de Experiências EmpáticasUniversidade de Évora.

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