6.6. Relatório da Fase de Prototipagem

 

Relatório PMAD: Fase de Prototipagem

Introdução

Na continuação do percurso da metodologia a/r/cográfica de Veiga (2020), a fase de Prototipagem representa um avanço crucial na materialização das teorias e inspirações que alimentaram a etapa de Conceptualização (entrada 5.3. Relatório PMAD: Fase de Conceptualização). Mantendo a Golegã como foco central e usando a metodologia a/r/cográfica como bússola, aprofundo a experiência narrativa imersiva que interliga o espaço e as histórias individuais através da tecnologia de realidade aumentada e configuração física do Protótipo e consequente interação, tal como é visível em diário de bordo.

 

 

Desenvolvimento

O desenvolvimento do protótipo foi guiado pelo desejo de criar uma instalação que fomentasse a conexão humana. Desta forma, os "portais narrativos" ganham forma física, servindo como pontos de interação e descoberta. É, também, nos portais narrativos, que os sublocais icónicos e histórias orais são integrados numa experiência interativa que é meticulosamente desenhada para proporcionar um diálogo entre as memórias coletivas e o espaço partilhado. A formulação de processos de estruturação e de materialização são espelhados nas entradas 6 a 6.4, onde se definem:

 

1.   Estética do Protótipo

O protótipo apresenta-se como coleção de semi-esferas ocas que convidam o observador a jornadas visuais. Dentro de cada domo, uma imagem panorâmica (um dos sublocais da Golegã), que foi preparada usando o plugin do Photoshop Flexify 2, é exibida. Desta forma, criar-se-á um ambiente imersivo que desafia as percepções tradicionais de espaço e narrativa. Uma vez que a aplicação da imagem tem recurso à fotografia panorâmica, as cores e a associação visual são altamente identificáveis com os espaços que representam, mais uma vez reforçando a correlação do artefacto com o conteúdo. Neste sentido, reforça-se, também, a vantagem de poder integrar alguns vídeos filmados nos locais que representam. 

 

2.   Narrativa do Protótipo

Cada semi-esfera servirá como um capítulo de uma narrativa maior, onde emergem as experiências pessoais dos participantes. Através da aplicação móvel Artivive, estórias ocultas serão desbloqueadas, promovendo uma exploração narrativa que é simultaneamente pessoal e coletiva. 

 

3.   Aspetos Técnicos

A realidade aumentada assume um papel fundamental na interação dos participantes com o protótipo. Através de uma interface de aplicação móvel, os conteúdos adicionais são sobrepostos à realidade física, criando um diálogo entre o tangível e o virtual, tal como é visível na entrada 6.2. Prototipagem. Porém, tal só é possível através da preparação das imagens integrantes do portal narrativo (entrada 6.1. Prototipagem). Após algumas tentativas, definiu-se o processo de montagem dos portais, a preparação das imagens e, também, as necessidade de visualização e interação do artefacto. Denotou-se a necessidade de disponibilizar um tablet com a app Artivive já instalada para maior facilidade de acesso à experiência. 

 

Em suma, as necessidades do projeto são definidas na entrada 6. Prototipagem e a ordem do processo de trabalho define-se como:

1.    Captação de imagens e vídeos;

2.    Preparação de imagens com recurso ao software Photoshop conjugado com o Plugin Flexify 2;

3.    Impressão e montagem das imagens dos Portais narrativos na estrutura dos Portais narrativos;

4.    Preparação da interação da realidade aumentada com a ligação das imagens aos vídeos no website Artivive;

5.    Anexação de iluminação aos Portais narrativos;

6.    Fixação dos Portais narrativos no espaço de exposição.

 

 

4.   Aspetos Relacionais e Expositivos

O protótipo pretende não só exibir informações e narrativas mas, também, envolver os visitantes em interações dinâmicas que fortalecem a conexão entre as pessoas e o espaço da Golegã. Por esse motivo, a instalação dos Portais narrativos é aplicada com recurso a iluminação própria e fixação suspensa à altura do olhar (entrada 6.4. Prototipagem), reforçando a simplicidade de interação e a imersividade do artefato. 

 

 

Conclusão

Esta fase de Prototipagem revelou-se uma etapa de experimentação e descoberta, aproximando-nos da criação de um espaço onde a arte, a tecnologia e a história são reunidas para falar sobre a Golegã e as suas pessoas. Ao avançar para a fase seguinte, manter-se-á o propósito de conectar pessoas através de narrativas transmédia, esperando impactar os visitantes com uma experiência rica que vai além da mera observação.

 

 

Referências

 

Gouveia, A. (2022). Mad Project 1-0-1. Diário de Bordo. https://madproject101.blogspot.com

Comentários

Mensagens populares