2.9. Inspirações

 

O Processo-método de encontrar "Redes Sociais"

in Média-Arte Locativa e Mapeamentos dinâmicos na Compreensão de fluxos urbanos: O contributo do dispositivo móvel na atividade do caminhar como prática artística

Uma tese de Doutoramento em Média-Arte Digital da Dra. Isabel Cristina Gonçalves de Carvalho



Fig.1. Mapa Colaborativa "ComPassos com História - Narrativas Digitais de Caminha" 
(Carvalho, 2016, p. 128)

O projeto/investigação em Média-Arte Locativa da Dra. Isabel de Carvalho, mencionado na entrada 1.4. Brainstorming, apresenta um estudo profundo sobre a intersecção entre a arte digital, a tecnologia móvel e a análise urbana. Este explora como é que dispositivos móveis e práticas artísticas locativas podem ser utilizados para entender e interpretar os espaços urbanos. Através da análise colaborativa e participativa, a investigação foca-se na criação de mapeamentos dinâmicos que oferecem novas leituras e compressões das realidades urbanas. Desenvolveu-se com base em teorias interdisciplinares, englobando a média-arte locativa, a psicogeografia e a antropologia visual para a exanimação da complexidade da vida urbana contemporânea. 

Link para Acesso à Tese de Doutoramento

A importância da Tese para o Projeto e Método de Encontro de Estórias 

A tese supra mencionada tem uma relevância significativa para o projeto, principalmente na forma como aborda e coleta narrativas urbanas, a par da interação com o espaço. O uso de tecnologias para mapear e compartilhar experiências urbanas serve como um catalisador no desenvolvimento do meu próprio método de indicação de pessoas para a coleta de estórias. A abordagem de Carvalho, centrada na participação comunitária e na criação colaborativa de conteúdo, inspirou-me a explorar a interconexão humana através de sequências de narrativas pessoas que se ligam a outras narrativas pessoais, ou seja, um indivíduos indica outro, o outro indicará outro e por aí adiante. A sequência de narrativas pessoas conectam indivíduos dentro de espaços compartilhados. 

A ideia de utilizar práticas artísticas localizas como meio de registar e compartilhar memórias coletivas e fluxos urbanos influenciou diretamente o aspeto metodológico do projeto. A metodologia da investigadora, que envolve caminhadas mediadas por tecnologia como forma de apreensão artística e crítica de espaços urbanos, ressoa com a minha intenção de capturar e apresentar estórias interligadas. Este conceito não só reforça a base teórica do projeto como, também, oferece uma estrutura prática para envolver os participantes na concepção de uma tapeçaria narrativa que destaca a conectividade intrínseca. 

Adicionalmente, a tese da investigadora foi um dos despertares para a escolha do método de indicação de pessoas no meu projeto. A investigação demonstrou como a interação direta e a participação ativa podem enriquecer o entendimento dos espaços que habitamos, além de preservar e valorizar as memórias. Incorporando todas estas concepções, o projeto visa estabelecer uma cadeia narrativa que reflete o método mencionado mas, também, a teoria dos Seis Graus de Separação (entrada 3.1 Gatilho), onde cada participante indica outro, revelando a malha complexa de estórias que tecemos juntos nos ambientes que compartilhamos. Afinal, estamos ou não todos ligados?


Referências

Carvalho, I. C. (2016). Média-arte locativa e mapeamentos dinâmicos na compreensão de fluxos urbanos: O contributo do dispositivo móvel na atividade do caminhar como prática artística [doctoralThesis]. https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/5674

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