8.7. Relatório PMAD: Intervenção
Relatório PMAD: Fase de Intervenção
Introdução
Veiga (2021) define sete etapas distintas no processo a/r/cográfico, que são descritas como “iterativas e generativas” na jornada da investigação criativa: 1. inspiração, 2. gatilho, 3. intenção, 4. conceptualização, 5. prototipagem, 6. teste e 7. intervenção. Este relatório destina-se a detalhar as atividades realizadas na fase de Intervenção do projeto Anamnese, in Nexum, tal como é visível emDiário de Bordo (Gouveia, 2022), com foco especial na implementação e teste de ideias desenvolvidas nas fases anteriores, culminando na criação e exposição do artefacto final.
Implementação e execução do Artefacto
A fase de intervenção envolveu várias atividades essenciais para a finalização do artefacto-projeto per se mas, também, da exibição. Essas atividades foram planeadas e executadas para garantir a fidelidade ao conceito original e a máxima eficácia na transmissão/comunicação, nomeadamente:
1. Definição das características finais do artefacto (Entrada 8 e Entrada 8.3);
2. Definição das características finais da exposição do artefacto (Entrada 8.3);
3. Planificação do transporte e montagem (Entrada 8.6);
4. Produção da documentação e elementos gráficos para a exibição que consiste num trabalho de curadoria colaborativa (Entrada 8.1, Entrada 8.2, Entrada 8.4, Entrada 8.5).
Em relação à definição das caracteristicas finais do artefacto e da sua parte na exibição, este é composto pelas 2 semiesferas de 40cm de diâmetro que servem como portais narrativos, cada uma contendo as imagens panorâmicas de dois sublocais da vila da Golegã (Entrada 8). As semiesferas apresentam duas opções expositivas, (1) suspensas ou (2) acopladas a tripés, ambas fixadas a uma altura variável para fácil visualização e interação (Entrada 8.3). A experiência, complementada pela app Artivive que poderá ser utilizada no tablet ou smartphone disponibilizados, foi projetada para ser de fácil transporte e montagem, com os componentes principais divididos em partes menores para facilitar o manuseamento (Entrada 8.6), nomeadamente (1) duas semiesferas, (2) dois tripés e (3) os materiais de montagem e acompanhamento da utilização. O embalamento cuidadoso prevenirá danos e a assemblage correta no local da exposição (Entrada 8.6).
Exposição de Curadoria colaborativa
No que se refere à exposição enquanto trabalho de curadoria colaborativa, o nome definido foi “Circuitos: Exposição de Média-Arte Digital”. Este reflete a ideia de trajetos e conexões formadas através das narrativas apresentadas (Entrada 8.2). A exposição funciona como um narrador intradiegético, ganhando voz através dos artistas-investigadores, artefactos, público, espaço e localização geográfica; segundo o conceito-metáfora do circuito elétrico aberto que permanece adormecido até à interação do público (Entrada 8.2). Em relação à conexão com o espaço e à narrativa/percurso, que compila os artefactos de 13 artistas-investigadores e decorrerá nas instalações da Uab em Lisboa, incentivou-se o funcionamento do percurso enquanto matéria condutora que guia o público na diversidade e na distinção entre artefactos. Deste modo, a distribuição das obras apresenta a opção consciente de não criar núcleos temático mas, sim, tornar o percurso fluído na sua heterogeneidade (Entrada 8.5). No desenvolvimento da comunicação e ideação gráfica, desenhou-se o logótipo, o cartaz e a folha de sala. O logótipo (inspirado no artigo de Priscila Arantes), o cartaz e a folha de sala envolveram a participação conjunta e representam as várias camadas do processo criativo (Entrada 8.4). No caso particular da folha de sala, materializaram-se duas considerações, o fator da sustentabilidade, proteção do ambiente e poupança de recurso e; também, as vantagens da experiência e interação da digitalização. A formatação num documento interativo acedido por QR Codes dispersos no espaço expositivo têm em consideração uma camada extra no potencial do conceito da Exposição.
Conclusão
Em suma, a fase de intervenção permitiu a concretização do projeto num formato tangível e interativo, proporcionando uma idealização de experiência rica e envolvente para os visitantes da exposição. As atividades essenciais, desde a definição das características finais do artefacto até à produção dos elementos gráficos e da folha de sala, asseguraram a fidelidade ao conceito original e maximizaram a eficácia na comunicação das narrativas apresentadas A exposição “Circuitos” celebra a colaboração, diversidade e potencial de interação com o público, reforçando o papel da Média-arte Digital na construção de novas sinergias e conexões significativas.
Referências
Gouveia, A. (2022). Mad Project 1-0-1. Diário de Bordo. https://madproject101.blogspot.com
Veiga, P. A. da. (2021). Método e registo: Uma proposta de utilização da a/r/cografia e diários digitais de bordo para a investigação centrada em criação e prática artística em média-arte digital. Rotura - Revista de Comunicação, Cultura e Artes, 2, 16–24. https://doi.org/10.34623/y2yd-0x57
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